Cristiane Leitão defende a implantação de serviços voltados para a saúde mental das mulheres  

Em encontro com mulheres na comunidade da Paupina, a futura primeira-dama testemunhou o descaso da atual gestão municipal com a saúde mental das mulheres

A futura primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, reuniu-se com um grupo de mulheres da comunidade da Paupina neste sábado (14) para falar sobre a importância da atenção à saúde mental para o público feminino, principalmente das mães atípicas.

Durante o encontro, Cristiane abordou o aumento de casos de crianças e adolescentes diagnosticados com autismo. A futura primeira-dama demonstrou preocupação de como a problemática afeta na vida das mães atípicas que não tem uma rede de apoio e assistência psicológica para lidar com a situação.

“As mães atípicas ficam cuidando da criança, vivendo aquele desafio grande e não tem tempo de olhar pra si, de se cuidar e investir na autoestima. Muitas vezes são abandonadas pelo companheiro e a mulher fica mãe atípica e sozinha. Quem vai olhar e cuidar dessas mulheres?, questionou.

Eliane Duarte é mãe de quatro filhos. Ficou viúva e hoje cuida sozinha das crianças. Ela conta da dificuldade de enfrentar os problemas do dia a dia sem apoio emocional.

“Eu queria uma consulta com psicólogo para poder conversar, né? Meu psicológico tá lá embaixo, até meu emprego eu perdi porque não estava mais conseguindo levar. Preciso tomar medicamento, às vezes não tem no posto e eu preciso comprar”, desabafou.

Diante da ausência de assistência psicológica para a mulher, Cristiane Leitão, criticou a atual situação dos serviços públicos do município.

“Hoje na Assembleia nós temos o projeto Bem me Quer que cuida da autoestima das mulheres e a gente quer levar isso para dentro dos CAPS, porque é lá que nós olhamos pra saúde mental. Mas o que está acontecendo com essa gestão? Desde a época do ex-prefeito Roberto Cláudio até hoje com o Sarto, houve um desmonte. Zero de atendimento dentro dos CAPS. Não tem CAPS infantil suficiente, não tem psiquiatra, não tem médico, psicólogos, mas a gente precisa. O número de crianças com autismo triplicou e os CAPS não tem funcionamento. E aí? Pra onde a gente vai?”, indagou.

A proposta de Evandro 13 é criar o Espaço Girassol, em cada regional, para dar suporte às crianças com deficiência e apoio às mães e pais atípicos.

“A gente precisa ter esses espaços para dar autonomia, oferecer reabilitação com uma equipe multidisciplinar com profissionais da saúde e da educação”, disse a futura primeira-dama.

Quem depende da saúde pública sabe que a oportunidade da mudança se aproxima e não pode ser perdida.

“Nós vamos eleger Evandro para levantar e mudar as coisas. Do jeito que tá não dá mais pra ficar”, finaliza Eliane Duarte, desempregada.