Cristiane Leitão reforça incentivo ao empreendedorismo feminino em visita a feirantes no Centro de Fortaleza
A futura primeira de Fortaleza visitou os empreendedores do tradicional comércio popular do Buraco da Gia
Na manhã desta sexta-feira (4), a futura primeira-dama de Fortaleza, Cristiane Leitão, visitou os lojistas do Buraco da Gia, tradicional feira do Centro da cidade. No local, ela reforçou que o candidato do PT à Prefeitura de Fortaleza, Evandro 13, irá fortalecer o comércio da região com a revitalização dos espaços públicos, a reestruturação na infraestrutura do Centro e que as mulheres empreendedoras terão mais oportunidades e condições para ter e desenvolver o seu próprio negócio.
O Buraco da Gia é um centro comercial que abriga mais de 2.500 lojistas, muitos deles trabalhadores informais, que fazem do comércio a sua principal fonte de renda. Em muitos boxes, as mulheres estão à frente do negócio. Liduina Sousa é chefe de família, mãe solteira, trabalha na feira vendendo roupas femininas e garante o sustento da família. Ela conta que a falta de infraestrutura no Centro da cidade atrapalha o desenvolvimento do comércio. Os feirantes reclamam que não tem um local adequado para fazer a carga de descarga dos produtos. Sem apoio municipal e ordenação urbana adequada, além do prejuízo causado com multas de trânsito, muitas vezes a clientela também é perdida.
“A gente precisa ter um apoio porque sentimos muitas dificuldades, principalmente em trafegar por aqui. A gente não tem apoio nenhum. Quando precisa descarregar a mercadoria a gente leva multa, porque não tem um local apropriado. A gente explica: moço, eu vou só descarregar, mas com menos de um mês a multa chega. O cliente que vem de fora, das cidades vizinhas, que é o nosso principal consumidor, o atacadista, não tem apoio de estacionamento e eles reclamam muito porque não tem o que fazer. Isso tudo dificulta nas vendas e em manter o cliente”, disse Liduína Sousa.
Trabalhando com o comércio informal, a lojista também ressaltou que os feirantes não recebem incentivo ao empreendedorismo e que gostaria de um incentivo fiscal para regularizar seu negócio. “Faltam incentivos, cursos, capacitação. Eu aprendi a ser empreendedora aqui na marra, no dia a dia, mas às vezes eu ainda sinto muita dificuldade. Eu gostaria de ter meu negócio legalizado, mas pra abrir firma com o lucro que eu tenho aqui que é muito pouco, não vai adiantar. Eu deixo de vender porque tem cliente que exige nota fiscal”, contou.
Na visita aos lojistas do Buraco da Gia, Cristiane Leitão lamentou o descanso da prefeitura com os feirantes. “Quando a mercadoria chega logo eles são multados, então isso é um desrespeito, porque eles estão trabalhando, tentando uma renda digna para as suas famílias e a prefeitura não está respeitando isso, não está dando condições para eles”, disse.
A futura primeira-dama destacou que a gestão de Evandro 13 irá fortalecer o empreendedorismo feminino com a criação do programa Fortaleza da Mulher que vai promover formação, capacitação e dar acesso ao crédito. Uma maneira de incentivar a autonomia econômica das mulheres chefes de família para desenvolverem sua própria renda. “A maioria dos comerciantes desse local é de mulheres. Elas são as provedoras do lar, então elas precisam receber capacitação de educação financeira, de negócios, de gestão, isso é muito importante porque vai ajudar as mulheres a fomentar e ampliar os seus negócios”, disse.
Para melhorar o comércio do Centro da capital e desenvolver a economia e turismo, Cristiane ressaltou ainda a necessidade de fazer uma reorganização urbana no local. Compromisso que será realizado na gestão de Evandro 13 e Gabriella Aguiar. “Uma das principais propostas do Evandro é a revitalização do Centro. Revitalizar o centro é ter pavimentação, limpeza urbana, a questão da segurança, da organização dos comércios e melhorar a estrutura física para os comerciantes para também melhorar o turismo. Hoje o Centro está em péssimas condições em relação à limpeza urbana. A gente vai melhorar e dar mais condições de trabalho para os empreendedores do Buraco da Gia”, afirmou.
Liduína Sousa
Comerciante
“Faltam incentivos, cursos, capacitação. Eu aprendi a ser empreendedora aqui na marra, no dia a dia, mas às vezes eu ainda sinto muita dificuldade. Eu gostaria de ter meu negócio legalizado, mas pra abrir firma com o lucro que eu tenho aqui que é muito pouco, não vai adiantar. Eu deixo de vender porque tem cliente que exige nota fiscal”,